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2.4 Inventário de Energia Operacional

A

foi estimada com base em simulação termo-energética realizada com auxílio da ferramenta

Energy Plus

. Foi considerada ocupação de uma família composta por 4 pessoas, dois adultos e

duas crianças, que durante a semana ocupam a edificação das 0h às 9h e das 18h às 24h.

Durante o final de semana a ocupação é constante. As taxas de energia secundária com

iluminação e equipamentos são fixas em 10 W/m

2

cada, onde são dimensionados percentuais em

função da taxa de ocupação. O uso com energia de cocção é constante e foi retirado da média

per

capta

do BEN (EPE, 2016).

Foi considerado o uso de condicionadores de ar do tipo janela tanto para aquecimento quanto

para arrefecimento. As zonas abrangidas pelo sistema são dormitórios e área social. Os

consumos foram estimados tendo em vista três cenários de operação: o primeiro (A1) com

utilização em todas as horas em que existe ocupação e a temperatura interna não está dentro da

faixa de 21 ˚C à 24 ˚C; o segundo (A2) com o sistema funcionando na metade do período de A1; e

o terceiro (A3) sem sistema de condicionamento artificial.

Os resultados finais apresentados são de energia primária. Dessa forma, a energia secundária foi

convertida em primária de acordo com a matriz energética brasileira. O fator de 1,5042 foi

calculado com base no BEN (EPE, 2016). Em inventário de 2003 do ciclo de vida da energia

elétrica brasileira esse fator de conversão foi proposto como 1,6 (COLTRO; GARCIA; QUEIROZ,

2003) porém com a maior utilização de fontes fósseis para a geração elétrica no Brasil, é natural

que essa diferença tenha diminuído ao longo da última década.

3. RESULTADOS E DISCUSSÃO

A pode ser estimada em 160,85 GJ, onde o transporte representa 21,39 GJ. Os cenários de

manutenção tiveram resultado de

de 299,47 para C1, onde o transporte é de 16,83 GJ. Já o

cenário C2 foi de 134,53 GJ, sendo o transporte 9,0 GJ. Além desses, o C3 foi igual à 68,01 GJ,

com transporte de 5,9 GJ. A

foi estimada em 14,01 GJ para C1, 10,34 GJ para C2 e 8,01 GJ

para C3. A relação de EI é apresentado na Figura

15

.

O resultado de energia incorporada por materiais de construção em todas as fases, demonstra

que o impacto recorrente pode ter uma variação de 63% a 18% dependendo do cenário de

substituição. O maior uso de energia em C1 deve-se essencialmente ao baixo requisito de VUP de

projetos da NBR 15.575, já que permite que alguns sistemas, como o de pintura tenham

durabilidade mínima de apenas 3 anos. Especificamente no caso das repinturas, mesmo o

requisito superior da norma de desempenho permite durabilidade baixa, com no mínimo 4 anos. A

possibilidade de variabilidade de

demonstra que para uma casa de habitação social a

durabilidade de materiais pode quase dobrar o uso de energia incorporada.