A Segunda Escravidão e o Império do Brasil em perspectiva histórica

144 A Segunda Escravidão e o Império do Brasil em Perspectiva Histórica do século XVIII, a criação de gado era a atividade mais relevante. Posteriormente, o açúcar assumiu a posição principal. Embora o café tenha se tornado gradualmente mais importante no norte fluminense, o açúcar ainda mantinha desempenho destacado. Contudo, houve exportação de açúcar expressiva até os últimos anos do Império. Várias inovações tecnológicas ocorreram no município, principalmente no setor de transportes (bondes, ferrovias e vapores) e nos serviços de iluminação e comunicação. O emprego de moendas a vapor generalizou-se entre as fábricas de açúcar. Dois bancos formaram-se em Campos, mantendo ativos expressivos. De modo semelhante, a própria ferrovia de interligação com Minas e Espírito Santo foi montada principalmente por meio de capitais locais. Por fim, na perspectiva da segunda escravidão, faltou uma consideração maior acerca da população escrava de Campos, além dos totais dos censos, e apresentar o contingente rural relativamente ao urbano, bem como as diferentes atividades de trabalho dos cativos, desde as agrícolas internas ou externas a, até mesmo, as artesanais e comerciais. O perfil demográfico dos escravos também pode auxiliar na análise da intensidade do crescimento da população e do tráfico até 1850. Referências BUESCU, Mircea. Brasil: disparidades de renda no passado: subsídios para o estudo dos problemas brasileiros. Rio de Janeiro: APEC, 1979. COASTWORTH, John; TAYLOR, Alan M. Latin America and the world economy since 1800 . Cambridge: Harvard University Press, 1998. CONTADOR, Cláudio; HADDAD, Cláudio. Produto real, moeda e preços: a experiência brasileira no período 1861-1970. Revista Brasileira de Estatística . v. 36, n. 143, p. 407-440, 1975. HABER, Stephen (Coord.). How Latin America fell behind : essays on the economic histories of Brazil and Mexico, 1800-1914. Stanford: Stanford University Press, 1997. LEFF, Nathaniel H. Subdesenvolvimento e desenvolvimento no Brasil . Rio de Janeiro: Expressão e Cultura, 1991. 2. v.

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