Os desafios jurídico-ambientais do uso de agrotóxicos

159 Haide Maria Hupffer, Elizete Brando Susin e Jeferson Jeldoci Pol novamente, que em recente reavaliação pela ANVISA o herbicida 2,4-D continua a ser comercializado e utilizado em larga escala no Brasil. Eis o problema: Costa et al. (2014) alertam que engenheiros agrônomos têm afirmado que inúmeros agrotóxicos oferecem riscos à saúde porque são produtos que apresentam impurezas como as dioxinas que causam alterações metabólicas graves, podendo ocasionar má formação fetal e alterações genéticas. Além disso, afirma-se que por conta das variações climáticas, alterações na umidade relativa do ar e da velocidade e direção dos ventos, as moléculas do produto flutuam no ar, sem o controle dos aplicadores que não têm como impedir totalmente a deriva do agrotóxico que contamina o alimento produzido e tudo mais no entorno das plantações. (COSTA et al., 2014). Quadro 3: Lista de ingredientes ativos selecionados para reavaliação em 28/08/2019 Classificação Ingrediente ativo Uso Aspecto toxicológico que enseja preocupação 1º Carbendazim Fungicida Mutagenicidade, toxicidade para o desenvolvimento e toxicidade reprodutiva. 2º Tiofanato metílico Fungicida Mutagenicidade e desregulação endócrina. 3º Epoxiconazol Fungicida Desregulação endócrina, toxicidade para o desenvolvimento e toxicidade reprodutiva. 4º Procimidona Fungicida Carcinogenicidade, desregulação endócrina e toxicidade para o desenvolvimento. 5º Clorpirifós Inseticida, acaricida Neurotoxicidade para o desenvolvimento (em discussão internacionalmente). 6º Linurom Herbicida Desregulação endócrina, toxicidade para o desenvolvimento e toxicidade reprodutiva. 7º Clorotalonil Fungicida Carcinogenicidade. Fonte: ANVISA, 2019b.

RkJQdWJsaXNoZXIy MjEzNzYz