Os desafios jurídico-ambientais do uso de agrotóxicos

13 A ATUALIDADE DAS DENÚNCIAS DE RACHEL CARSON NA OBRAPRIMAVERA SILENCIOSAEM RELAÇÃO AO USO DO GLIFOSATO NO BRASIL1 Paulo César Prestes Flores2 Ana Paula Atz3 Haide Maria Hupffer4 INTRODUÇÃO Após a Segunda Guerra Mundial, o aumento populacional e a escassez de alimentos impulsionaram a reversão de uma matriz econômica calcada em armas bélicas para construir um novo mercado econômico de produtos químicos para serem utilizados na agricultura, com a justificativa de aumentar a produção de alimentos. Neste cenário, em especial nos Estados Unidos, laboratórios e empresas bélicas foram transformadas em indústrias químicas para desenvolverem produtos capazes de combater insetos que assolavam as plantações agrícolas. Surgiu, assim, a industrialização massiva de agrotóxicos e sua utilização intensiva namaioria das culturas agríco1 Esse capítulo é o resultado da pesquisa e das relações interinstitucionais produzidas no âmbito do projeto de investigação científicaAgrotóxicos e Sociedade de Risco: Limites e Responsabilidade pelo Risco Ambiental. Fonte financiadora: Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio Grande do Sul – FAPERGS. Processo número 17/2551-0001172-4, Edital 02/2017 – Programa Pesquisador Gaúcho – PqG. 2 Graduado em Direito pela Universidade Feevale. 3 Doutora e Mestre em Direito pela UNISINOS, docente e pesquisadora no Curso de Direito da Universidade Feevale e Advogada. 4 Pós-Doutora, Doutora e Mestre em Direito pela UNISINOS, docente e pesquisadora no Programa de Pós-Graduação em Qualidade Ambiental e no curso de Direito da Universidade Feevale, líder do Grupo de Pesquisa Direito e Desenvolvimento CNPq/ FEEVALE e coordenadora do Projeto Agrotóxicos e Sociedade de Risco: Limites e Responsabilidade pelo Risco Ambiental financiado pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio Grande do Sul – FAPERGS.

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