O espelho quebrado da branquidade: aspectos de um debate intelectual, acadêmico e militante

Adevanir Aparecida Pinheiro 99 Os(as) educadores(as) e os(as) estudantes aprendem a mudar a visão de si mesmos. E suas relações com o mundo. Para os(as) educadores(as), os programas de educação deveriam ser modelos para desaprender conceitos, valores e práticas de éticas conservadoras problemáticas que mantém as ideologias de hegemonia, globalização e neoliberalismo. A educação deveria ser socialmente contextualizada e consciente das forças de poder, como também ser estabelecida em um compromisso com a emancipação das pessoas no mundo, e com o “fazer história”. (ROSSATO, 2003, p. 26) Muita situação dessa envergadura se deve ao fato do desconhecimento e ignorância de profissionais brancos que até demonstram muita vontade de auxiliar, mas falta uma compreensão maior do contexto e singularidade ou a integralidade do sujeito afrodescendente. Num depoimento, um sociólogo analisa e expressa:31 O simples fato de estar à frente de um sujeito negro ou ao lado deste, não quer dizer que já está fazendo inclusão. Ainda, até mesmo colocando um sujeito negro dentro de uma sala de inclusão na informática, isso não quer dizer que esse sujeito já está sendo incluído de fato. Se faz necessário elaborar uma metodologia capaz de trabalhar a identidade e a história desse sujeito, a visibilidade deve ser de fato e “real” (depoimento colhido nas observações de campo em 2008). 31 Obs.: Depoimento colhido no dia 17 de abril de 2008 em reunião sobre a inclusão digital com metodologia voltada aos afrodescendentes em uma das Universidades.

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