O espelho quebrado da branquidade: aspectos de um debate intelectual, acadêmico e militante

56 O espelho quebrado da branquidade Além disso, acrescenta o autor, “[a] contaminação do processo técnico-científico atual - processo cego, aliás, que escapa à consciência e à vontade dos próprios cientistas - leva a uma grande regressão da democracia” (MORIN, 2006, p. 19). O mundo da ciência nos parece que também enfrenta a cada momento mudanças paradigmáticas controladas por vias antiéticas da globalização e os pós-modernismos, ou um modernismo que se reconstitui a cada momento em prol de uma sociedade que não pode perder de vista os seus caminhos neoliberais e capitalistas. Os avanços postos nas reflexões a partir dos autores visitados nos instigam a aprofundar os estudos da temática da negritude e da branquitude, sobretudo no que se diz respeito ao aprofundamento epistemológico. Um contexto histórico em que os cientistas sociológicos, antropológicos e filosóficos, através do conceito de raça, atuaram no sentido de propor uma humanidade puramente branca. Os teóricos como Florestan Fernandes, Paulo Freire e Alberto Melucci nos desafiaram neste sentido, não permitindo uma simplória pesquisa e estudo como já foram realizados de forma torcida por meio de escritos anteriores.

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