O espelho quebrado da branquidade: aspectos de um debate intelectual, acadêmico e militante

Adevanir Aparecida Pinheiro 131 afetivos e espirituais. Enquanto isso, onde fica a branquidade nessa lista misericordiosamente curta de velhos e tristes estereótipos?” A nosso ver, frente às leis formuladas recentemente, com relação à Educação das Relações Étnico-raciais, deveria haver uma proposta e um programa de formação e preparação histórico-cultural, que priorizasse, em especial, os profissionais que hoje são de alguma forma convocados a administrar ou gestar pesquisas e estudos epistemológicos mais abrangentes neste sentido. A lógica que envolve a educação em todos os níveis da sociedade globalizante exige muito mais, ou seja, uma metodologia transdisciplinar que, aos nossos olhos, vai além das próprias leis que poderão ser, mais uma vez, uma ilusão de inclusão social e racial. Neste sentido, Rocha e Trindade afirmam: No que se refere à ideia de currículo, é importante entender que existem diferentes visões para sua construção e encaminhamento. Em nossa visão o entendemos como mola- -mestra para o processo de sensibilização de alunos(as) para o conhecimento e exercício de seus direitos e deveres como cidadãs(os). O trabalho docente pode, então, orientar-se para além das disciplinas constantes do currículo do curso, mas também na exposição e discussão de questões éticas, políticas, econômicas e sociais. (ROCHA e TRINDADE, 2006, p. 55) Nossa constatação em relação às modalidades de relações dialógica dos próprios currículos é que necessita de um diálogo que possa favorecer as diversidades culturais existentes. O sentido da transdisciplinaridade se apresenta como um indicador de mediações dialogadas com os diversos campos socioeducacionais da sociedade diante dessa lógica do pós-modernismo. Há muitos passos a serem dados em termos de mudanças curriculares, e as dificuldades teóricas e práticas para essa compreensão

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