Ecologia Integral: abordagens (im)pertinentes - volume 3

101 POR UMA EDUCAÇÃO ECOINTEGRADORA: PERSPECTIVAS DECOLONIAIS Danilo R. Streck 1 Camila Wolpato Loureiro 2 Carolina Schenatto da Rosa 3 Que eu saiba, nenhum filósofo até agora foi suficientemente ousado para dizer: eis o termo aonde o homem pode chegar e que não seria capaz de ultrapassar. Ignoramos o que nossa natureza nos permite ser; nenhum de nós mediu a distância que pode haver entre um homem e outro homem (ROUSSEAU, 1995, p. 45). O fim do mundo talvez seja uma breve interrupção de um estado de prazer extasiante que a gente não quer perder. Parece que todos os artifícios que foram buscados pelos nossos ancestrais e por nós têm a ver com essa sensação. Quando se transfere isso para a mercadoria, para os objetos, para as coisas exteriores, se materializa no que a téc- nica desenvolveu, no aparato todo que se foi sobrepondo ao corpo da mãe Terra. Todas as histórias antigas chamam a Terra de Mãe, Pacha Mama, Gaia. Uma deusa perfeita e infindável, fluxo de graça, beleza e fartura (KRENAK, 2019, p. 30). 1 Doutor em Educação pela Universidade de Rutgers, USA e pós-doutorado na Universidade de Califórnia, USA e no Max Planck Institute for Human Development, Berlim, Alemanha. Pesquisa temas vinculados à educação popular e pedagogia latino-americana. Editor do Interna- tional Journal of Action Research. 2 Mestra no Programa Interdisciplinar em Ciências Humanas, na Universidade Federal da Fron- teira Sul – Campus Erechim. Atualmente é doutoranda em Educação na Universidade do Vale do Rio dos Sinos com bolsa CAPES-PROEX II. 3 Mestra em Educação pela Universidade La Salle. Doutoranda em Educação pela Universidade do Vale do Rio dos Sinos (Unisinos). Integra o grupo de pesquisa Mediações Pedagógicas e Cidadania e o Grupo de Pesquisa em Educação Intercultural. DOI: https://doi.org/10.29327/532184.1-5

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