XXVII Mostra Unisinos de Iniciação Científica e Tecnológica

XXVII MOSTRA UNISINOS DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA E TECNOLÓGICA De 19/10/2020 a 24/10/2020 Unisinos São Leopoldo e Porto Alegre 494 Inscrição: 8401912 - apresentação oral MEMÓRIA, IDENTIDADE & DEVOÇÃO: A PRODUÇÃO DE DOCUMENTOS COMO SUPORTE DE MEMÓRIA E AFETO COLETIVO Autor(a): Luana Batista Amaral Coautor(es): Orientador(es): Instituição: Unisinos (PIBIC/CNPq - Unisinos) Área de conhecimento: Ciências Humanas PPG em História A comunicação pretende analisar os significados presentes na pro- dução e manutenção de um acervo constituído por documentos produzidos pelos irmãos de uma irmandade negra. Trata-se da Ir- mandade de Nossa Senhora do Rosário e São Benedito dos pretos da Vila da Cachoeira, criada por devotos negros em 1813, sendo o seu compromisso redigido em novembro daquele mesmo ano, con- firmado por Carta Régia de 04.08.1820 e aprovado por Provisão de 13.10.1824, do Visitador- Geral Antonio Vieira da Soledade. O acer- vo dessa irmandade é constituído dos seguintes códices: (01) - Livro 1º das Atas da Irmandade de Nossa Senhora do Rosário da Cachoei- ra (1846/1885); (02) - Livro das eleições dos Irmãos da Irmandade de Nossa Senhora do Rosário dos Pretos da Cachoeira (1827/1892); (03) - Livro 2º de receita e despesa da Irmandade de Nossa Senho- ra do Rosário desta Vila da Cachoeira (1834/1875); (04) - Livro da Tesouraria da Irmandade da Nossa Senhora do Rosário desta Vila da Cachoeira (1866/1875); e (05) Livro de registros para a entrada de irmãos na Irmandade de Nossa Senhora do Rosário de Pretos da Freguesia da Cachoeira (1812/1836). Almejamos tratar esses docu- mentos como suportes de memórias individuais e familiares, além de uma manifestação de afeto e identidade coletiva. Percebemos que essa associação permitiu, através de manifestações devocionais, a vi- sibilidade daquela comunidade afro-católica. Mas queremos tam- bém pensar como a produção de documentos escritos pode ser vista como um aspecto do gerenciamento daquelas identidades pretas em uma sociedade escravista e como uma forma de resistência ao pre-

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