XXVII Mostra Unisinos de Iniciação Científica e Tecnológica

XXVII MOSTRA UNISINOS DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA E TECNOLÓGICA De 19/10/2020 a 24/10/2020 Unisinos São Leopoldo e Porto Alegre 430 Inscrição: 2804854 - apresentação oral O PERIGO DO LIVRO E A CENSURA NO BRASIL Autor(a): Bernardo Abel Hartmann Coautor(es): Orientador(es): Betina Schuler Instituição: Unisinos (UNIBIC - Unisinos) Área de conhecimento: Ciências Humanas PPG em Educação Esta investigação é um recorte da pesquisa “ Práticas curriculares de escrita e leitura nos anos iniciais do ensino fundamental e os modos de subjetivação ”, desenvolvido no Programa de Pós-Graduação em Educação da Unisinos. Nesta investigação pretendo rastrear a regu- laridade dos enunciados que vinculam a leitura ao perigo a partir da censura a livros no Brasil, focando em dois períodos, a saber, a Era Vargas, mais especificamente o Estado Novo (1937-1946) e a Dita- dura militar brasileira (1964-1985). Ao longo desse estudo preten- do responder a questões como: Quais as regularidades dos enuncia- dos quando se vincula perigo e leitura nesses dois períodos? Quais obras foram censuradas e porque? A produção desta pesquisa foi rea- lizada através de uma revisão bibliográfica em bases de dados, tais como SciELO, EBSCOHOst e Portal de Períodicos CAPES, com os seguintes descritores, em alguns casos de forma combinada: ler, livro, leitura, literatura, educação, ensino, escola, professor(a/as/es), cen- sura, escrita, colégio, subversão, perigo e risco. A partir disso será feita uma análise e uma problematização sobre as práticas de leitu- ras, das proibições ditatoriais ao conhecimento e os ‘riscos’ que se- riam apresentados à sociedade com a leitura de tais obras. Algumas obras foram encontradas nos artigos objetos de pesquisa e adiciona- das ao referencial bibliográfico da pesquisa, como por exemplo os li- vros A Ditadura Envergonhada de Elio Gaspari e O Livro no Brasil de Laurence Hallewell. A partir desse estudo foi possível perceber a recorrência de algumas regularidades na justificação para a censura a livros, tais como: defender as infâncias e as famílias em nome dos va- lores morais cristãos, desacato às autoridades e incitação à rebelião, enunciados esses já encontrado em legislações do século XIX. Antes da transferência da corte portuguesa para o Brasil havia a proibição

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