O espelho quebrado da branquidade: aspectos de um debate intelectual, acadêmico e militante

Adevanir Aparecida Pinheiro 23 Bento, Frantz Fanon, Vron Ware, Florestan Fernandes, Alberto Melucci e Paulo Freire. A referência especial a estes três últimos no capítulo segundo, tem finalidade puramente didática. São nomes que vem sendo colocados como espelho para nos abrir caminhos de reflexões. Alguns destes nomes ainda não foram suficientemente percebidos e conhecidos por dentro das academias, como são alguns nomes das mulheres intelectuais negras. O primeiro capítulo, com o título “Contextualizando o debate: aspectos importantes de uma temática complexa”, retoma algumas discussões chaves presentes na literatura científica concernente à questão racial no Brasil, fazendo alguns registros e identificando algumas interrogações, sempre apontando para horizontes de necessária ruptura com os vícios intelectuais e acadêmicos. O segundo capítulo, com o título “Florestan Fernandes, Alberto Melucci e Paulo Freire: três espelhos intelectuais”, traz para a memória dos leitores e das leitoras, aspectos das contribuições destes três teóricos, que foram consideradas chaves de leitura e entendimento essenciais no processo de pesquisa desenvolvido. O terceiro capítulo, com o título “A importância da reeducação dos brancos e negros”, retoma reflexões sobre o sentido dos processos educativos e a necessária abertura para um horizonte transdisciplinar, bem, como, uma abordagem crítica sobre mecanismos necessários para romper com a indiferença e resistência branca no processo da educação das relações étnico-raciais. O livro conclui retomando alguns resultados da pesquisa desenvolvida na tese doutoral da autora. Entende-se que esta é a melhor forma de fazer encaminhamentos concretos a partir da discussão teórica desenvolvida nos três capítulos. Isto certamente servirá como provocação - no sentido de chamar para frente academias e sociedade.

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