O espelho quebrado da branquidade: aspectos de um debate intelectual, acadêmico e militante

Adevanir Aparecida Pinheiro 133 pedagógica diante dos conhecimentos no que tange uma capacitação qualificada diante das aplicabilidades das orientações da LDB. Embora, não pareça de forma explícita, mas são muitos os obstáculos que cada vez mais passam a desafiar a maioria dos educadores em termos de teoria e prática dos novos conteúdos existentes nas novas leis e exigidos pelos órgãos que regem a educação no âmbito brasileiro. Como confere ainda Gonçalves (GONÇALVES, 2006, p. 24): Diante das transformações mundiais, que impõem novos olhares frente ao conhecimento observa-se nas últimas décadas do Século XX uma série de reformas educacionais, onde foram elaborados novos marcos legais para educação junta como o desenho de Políticas Públicas, que objetivam o desenvolvimento de novas capacidades técnicas administrativas, incluindo entre outras questões, novos conteúdos de ensino da escola pública e da formação de educadores(as). Ao que se confere nos dias atuais, mesmo com as exigências e avanços nas discussões sobre as políticas públicas no campo da educação, ainda prevalece a supervalorização de um currículo baseado nas orientações pedagógicas eurocêntricas, privilegiando de forma sorrateira a cultura e a didática que visam os privilégios da cultura branca. A nosso ver, mesmo diante das leis que exigem mudanças de condutas e posturas éticas no campo da educação, percebe-se que são fortes os indícios de contaminação e reprodução de uma lógica educacional que tende a marcar e se estagnar na teoria da inferioridade sob os afrodescendentes. De maneira enrustida, a ideia é que as resistências em torno de uma educação sejam baseadas numa fonte de ampla iluminação. Nesta direção, vemos a importância da transdisciplinaridade. De outro lado, nas discussões das relações étnico-raciais, esta compreensão transdisciplinar parece ainda não fazer parte

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