Um jeito de ser e viver no kilombo de Mãe Preta

Aqui no agora-agora a CoMPaz como Kissondè, formiga africana que bravamente consegue carregar o dobro de seu peso, luta de maneira constante e perseverante pelo empoderamento de seu povo, negro, feminino-jovem- -kilombola-rural; que cria em seu jeito de ser e viver estratégias de resiliência para uma vida com dignidade: Círcu- lo Mundial da Paz (2010) e Sumaúma: Raízes Afro-indígena do Brasil (2018) para o respeito ao diálogo inter-religio- so; Rota das Pomba Gira (2013) em- poderamento da mulher negra; Ipádè Metãm (2019) para dialogar estratégias de proteção e políticas públicas para a Comunidade LGBTQi+; o Curso de Desformação (2000) para descolonizar o sentir-pensar-sentir o mundo revisi- tando por meio de sua cosmopercep- ção (filosofia e espiritualidade vivida na Nação Muzunguê) a história de povos que foram historicamente invi- sibilizados e subalternizados; a escola Comkola Kilombola Epé Layiè (2014) que atende crianças dos oito aos oi- tenta anos; o Instituto CoMPaz (2015) que promove a cultura afroindígena no diálogo ancestral-contemporâneo; o Omorodè Ponto de Cultura da Infância e juventude Kilombola (2013) que faz da cultura afro-brasileira e diaspórica estratégia de enfrentamento da maafa sofrida pelo povo negro ancestral com consequências desastrosas para seus descendentes; Akotirene Kilombo Ciência e a Multiversidade dos povos da Terra de Mãe Preta (2018) e o Oka- ran grupo de pesquisadores e pesquisa- doras Kilombolas (2017) como formas de enfrentamento à violência produ- zida pela ciência e tecnologia racista e colonialista históricas.

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